
De um total de R$ 110 milhões disponilizados para serem investidos em melhorias na estrutura da instituição até 2012, R$ 50 milhões já estão assegurados apenas para aplicação neste ano. Todo esse volume vai ter como prioridade a criação de cursos, aumento no número de vagas, construção de novos centros, contratação de professores e implantação de núcleos de expansão. O reitor garantiu que todas as metas aprovadas pelo Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais vão ser cumpridas nos próximos quatro anos. “Queremos duplicar a dimensão acadêmica da universidade no período de quatro anos, trazendo desenvolvimento com enfoque na qualidade acadêmica através da educação com nível de excelência. 2004 e 2008 foi um tempo de recuperação para tirar a UFPB da UTI”, destacou Polari.
Estão sendo implantados 12 novos cursos de graduação, sendo que dez já foram concluídos. O reitor avisou que a liberação de verbas está assegurada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). Nos próximos quatro anos, a intenção da nova administração da UFPB consiste na criação de mais 40 cursos de graduação, alcançando a marca de 105 cursos. Com isso, as vagas para o ingresso através do Processo Seletivo Seriado (PSS) também vão aumentar, passando de 4,8 mil para 8 mil vagas na modalidade presencial, um crescimento de 66,7%.
Já o ensino à distância vai ganhar um reforço de 1,8 mil vagas, passando de 1,7 mil para 3,5 mil. O que significa uma evolução de 105,8% apenas na educação a distância, que atende 25 cidades pólos não apenas da Paraíba, como também de Estados a exemplo de Pernambuco. Ao todo, o quantitativo de vagas que serão abertas para o ensino superior público da Paraíba, apenas na UFPB, chega a 11,5 mil vagas. O volume de alunos matriculados vai de 18 mil para 34 mil, sendo que na graduação o montante aumenta em 91,5% (das atuais 21,4 mil matrículas para 41 mil).
A pós-graduação deve receber um incremento de 3,6 mil vagas (3,4 mil para sete mil matriculados). Em relação aos cursos, Polari anunciou a implantação de 16 novos cursos de mestrado e 16 de doutorado, elevando de 2,4 mil para 5,5 mil vagas para especialização na universidade, o que resulta em 46,5 mil alunos de graduação e pós-graduação nos campi da instituição. “A população da UFPB vai ser compatível com a de uma cidade de porte médio, chegando a 45 mil pessoas circulando diariamente nas instalações apenas do campus I, em João Pessoa. Por conta desse aumento, há uma preocupação no índice de qualidade da formação básica, sobretudo no ensino médio, para que os alunos cheguem com um bom aparato na nossa instituição”, destacou Polari.
As ampliações no número de alunos e na quantidade de cursos não são os únicos projetos para o plano de reestruturação da UFPB entre 2009 e 2012. As medidas abarcam ainda a melhoria nos níveis de formação do alunado. Conforme expectativa de Polari, a meta é de que 80% dos cursos de graduação e mestrado deva atingir os conceitos A e B, na avaliação do MEC. Ele lembrou que a intenção é audaciosa, já que os melhores conceitos do Ministério não alcançam 55% dos cursos da UFPB.
Expansão
Até julho deste ano, devem ser implantados os Centros de Inovação de Micro e Pequenas Empresas e o Centro de Desenvolvimento Sustentável de Pequenos Municípios. O reitor Rômulo Polari explicou que os recursos para manutenção dos novos equipamentos devem ser alocados junto a instituições como Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O Hospital Universitário Lauro Wanderley também vai receber incrementos nesse quadriênio. São 74 novos leitos com a reestruturação do 7º andar do edifício e a aquisição de mais equipamentos.
Com as alterações, a unidade de saúde, que antes realizava procedimentos apenas de baixa e média complexidade, vai prestar serviços médicos de alta complexidade. Na relação está incluída a construção do Centro de Atenção Básica, no Varadouro. Além desses, Polari enumerou a edificação de um Centro de Convenções, a conclusão da Vila Olímpica, no campus I da UFPB, com arquibancada e piscina olímpica, a finalização da reforma do Complexo do departamento de Comunicação e Artes (Decom/Artes) e ainda a criação de um Laboratório de Economia Aplicada.
Polari ressaltou que mesmo com a crise, que levar a um decréscimo de uma média de 3% da economia mundial, o Brasil vai crescer em torno de 2%, a mesma média dos anos anteriores. Eu vejo o cenário do país como positivo. Em relação à universidade, não haverá impactos significativos já que o reflexo da recessão será sentido mais neste ano e os recursos para esse período já estão assegurados. “Em 2010, a situação vai estar melhor e acreditamos que não haverá cortes. O governo federal contingenciou R$ 38 bilhões de recursos no orçamento para 2009, mas manteve intacto o montante para as instituições públicas de ensino superior”, expõe.
Fonte: Agência de Notícias/UFPB
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