O líder do PT na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP), o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini (SP) e integrantes da bancada do partido reuniram-se, na última quarta-feira (4), com o ministro da Justiça, Tarso Genro. Os parlamentares relataram ao ministro a preocupação com a ação do crime organizado e de grupos de extermínio na divisa entre os estados de Pernambuco e Paraíba, onde foi assassinado o vice-presidente do PT em Pernambuco, o advogado Manoel Bezerra de Mattos Neto, de 44 anos, no último dia 24 de janeiro.
De acordo com o líder do PT, foram solicitadas ao ministro Tarso Genro providências urgentes. “Pedimos a federalização, ou seja, transferência da competência de julgamento para a Justiça Federal, do processo de investigação do assassinato do companheiro Manoel Mattos. Esse pedido será formalizado ao ministério da Justiça e ao Ministério Público Federal. Além disso vamos formalizar um pedido de proteção policial para o deputado Luiz Couto (PT-PB), que está sendo ameaçado”, disse Vaccarezza.
A deputadaIriny Lopes (PT-ES), que participou do encontro, relatou que também foi solicitada proteção para a família de Manoel Mattos. “Pedimos ao ministro Tarso Genro proteção policial para a esposa e a mãe do companheiro Manoel Mattos, que estão sendo ameaçadas, além de testemunhas que residem na região”, destacou a parlamentar petista.
Iriny Lopes disse ainda que o ministro da Justiça informou que já está em contato com os governadores de Pernambuco, da Paraíba e de Alagoas para tratar da violência na região. “Está caracterizada nessa região uma atuação fortíssima do crime organizado que age no extermínio de pessoas, em atividades de narcotráfico, de roubo de cargas e de automóveis, todas essas atividades que caracterizam o crime organizado. Existe uma situação de instabilidade e de perigo para a população de uma forma geral e, em especial, para os militantes de direitos humanos, tenham eles mandato ou não”, ressaltou a deputada Iriny Lopes.
Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), que também esteve na reunião com o ministro da Justiça, a federalização do processo é importante. “Para que esses bandidos não tenham nenhuma cobertura e não haja nenhuma tentativa de burlar a lei. Sem nenhuma atitude de descrença na justiça estadual, mas entendemos que por ser um crime que tem a característica de ter sido praticado numa região de fronteira, um crime contra um defensor dos direitos humanos, um ativista político, então entendemos que a Justiça Federal é a mais adequada para apreciar a questão”, destacou o parlamentar petista.
Também participaram do encontro com o ministro da Justiça, Tarso Genro os deputados Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), João Paulo Cunha (PT-SP), Luiz Couto (PT-PB), Maurício Rands (PT-PE), Paulo Teixeira (PT-SP), Pedro Eugênio (PT-PE), e Paulo Rubem (PDT-PE).
Fonte: Agência Informes (PT na Câmara)
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